sábado, 24 de dezembro de 2011

Natal entre promíscuos.

Leitura proibida pra menores de 18 anos. Conteúdo de cunho sexual, portanto se for maior e tiver interesse em ler, fique a vontade. Caso contrário, clique aqui e não venha me encher o saco depois.

Embora eu viva uma vida dupla, quero que saiba que não sou um ser porco, desgraçado, filho da puta e sem coração como me pintam por aí! Aliás, sou muito macho pra me "pintarem" por aí. Como você sempre faz cu doce comigo, me deixando faminto pra te comer, dou-lhe o braço a torcer pra lhe desejar um Feliz Natal, sua puta gostosa!

Sei que você deve estar aí com teu maridinho e talvez filhos, fritando rabanetes e botando o Peru pra assar. Ou sei lá... pra você nunca ter se apresentado a mim confesso que te acho uma gorda melancólica, nojenta, asquerosa, pavorosa e solitária - iguais aquelas babás de programa de TV que dizem ter dom de criar crianças dos outros ou invés de fazerem algo pra serem comidas e gerarem seus próprios filhos. Você deve ser uma fake que prefere usar de "putarias textuais" pra deixar homens loucos do outro lado da telinha - a maioria é formada em letras, fã de literaturas do tipo "Nísia Floresta". Mas, saiba que a minha casa anda super lotada por causa do Natal e quase não consigo arrumar um tempinho pra poder lhe escrever.

Vou lhe dar um presente de Natal: muito obrigado por ter sido a primeira a visitar meu perfil e, com isso, vim lhe descobrir através do teu nick ficou marcado na lista de visitantes recentes. Nunca disse isso pra ninguém, hein! Pode contar vantagem! Veja eu?! Agradecendo uma potencial ogra por ter visitado o meu perfil e deixado uma marca lá na lista de minhas futuras putinhas. Mas tá aí, feliz natal e receba o meu grande obrigado. Ah, e obrigado por, além de não ter permitido (ainda) que eu lhe deixasse manca de tanto meter ferro no teu rabo, saiba que tem sido uma boa "psicóloga" pra mim - depois que trepo, não sou de confiar.

E por falar em psicóloga, aí está mais um presente de Natal: vou lhe dar a razão sobre o fatigante assunto que mexemos e remexemos o tempo todo. Estou um pouco cansado do que a vida tem se resumido pra mim. Ontem estive com uma ex. Pensa bem?! Estive com ela a noite inteira, ficamos nos beijando por horas dentro do carro. Fora tudo uma delícia se não fosse a assustadora epifania que me assombrou, logo depois, na minha volta solitária ao destino de minha casa. Por quê será que nós não reatamos de vez e paramos de ficar saracoteando por aí? Porque sabemos que trocamos o que realmente procuramos por tudo, menos se doar numa relação de forma homogênea para que ela dure pra sempre. Estou cansado de ser assim: a procura de alguém, como aquela de ontem, que me tirou fôlego dentro de um Uno 1998 por duas horas inteiras ouvindo Jars of Clay. Sei que é coisa de mulherzinha fazer tal relato, mas dá um desconto, já virei a chave pra "você é minha psicóloga agora". Voltando ao assunto, não quero estar a procura apenas da mulher, mas a quero também disposta em me querer avidamente (te falei que já liguei a porra da chave da "psicóloga"). Em suma, não preciso de pessoas me querendo, preciso de pessoas que, além de me querer, tem que me tirar o fôlego em um curto espaço-físico por um longo espaço-tempo sem que eu sinta o mundo girando. Ah, e muito importante, que durante este tempo eu não sinta vontade de lançar, pra bem longe, o CD de Jars of Clay que costuma se repetir, repetir e repetir..., alguém que eu queira-lhe, querendo-me. Entenda-me?

Eu lembro como se fosse ontem quando li o teu perfil e te achei a "madre tereza de calcutá das pegações". Uma boazinha que diz gostar de trepar, conversar, tricotar, decorar, fazer bolo, massagens, análise comercial da bolsa de Nova Iorque, dar dicas diversas como, por exemplo, se vingar da amante que contou pra sua mulher que é teu amante... para o que der e vier, você está lá à dispor do ato de "caridade". Perdoe-me o ato de inconoclastia, mas entenda que cometo tal pecado para mostrar que você tem uma estígma, porém belíssima. Uma alma que dá dó de mandar para o inferno - embora que boazinha seja sinônimo de uma vesga com 3 molares faltando e isso aumenta gravemente minhas desconfiança de que aquelas fotos não são tuas! Confesso que não deixaria uma namorada minha ser tão fiel aos desconhecidos em seus propósitos de qualquer natureza. Mas se isto lhe satisfaz e lhe completa, fico feliz por você.

Não sei o teu nome, não conheço tua fisionomia social. Ou seja, provavelmente você sabe quem sou, deve até me conhecer pois trabalha ao meu lado. Só consigo reconhecer "fisionomias sociais" alheias quando consigo fazer o link da pessoa usando os meus 5 sentidos em conjunto, exceto quando uso apenas o tato - que já seria reconhecimento de fisionomina íntima. Se as tuas fotos nuas do perfil forem realmente tuas, por exemplo, provavelmente lhe reconheceria com meu super sensível e mágico tato, palpando-lhe num darkroom. Contudo, sei que, assim como todo ser vivente na terra, você merece ter alguém que te chupe sem cobrar. Não deixe que te levem o que tem de mais precioso: o teu corpo (se for você mesmo) e a sí mesma.

Um grande abraço; quem sabe, um dia pessoalmente, pois mandar abraços textuais é sem graça ao extremo.

Ass.: Misterbear

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Escrito por Tarcísio Marchiori Junior e qualquer semelhança, é pura coincidência.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Quando perdemos para ganhar

Não consigo dar passos largos, também, meus queridos, as minhas pernas são curtas. Costumo dizer que cresci, todavia os membros inferiores se esqueceram de acompanhar a evolução. Não vem pensando que sou uma aberração, por favor, apenas sou um indivíduo que é doido pra ter um metro e oitenta. Tenho este fascínio tanto que eu sei, de memória, como seria a minha altura em jardas na hipótese de, um dia, alcançar algo no alto sem a ajuda de uma cadeira.

Para deixar mais claro a respeito do que me aconteceu, tive um pequeno impasse com as minhas bases ósseas durante a minha infância. O fêmur, a tíbia e a fíbia resolveram se vingar recusando a crescer. Não sei se você sabe, mas o Corpo pertence a uma certa Organização que se reserva o direito de vingar-se caso seja habitado por um espírito de porco. No meu caso, por exemplo, submeti este trio ósseo a muito peso na minha infância e adolescência, no qual foram anos tentando harmonizar um 170 centímetros de altura em meio a 125 quilos de peso.

Por falar em infância, desde os tempos de nossos avôs, sabe-se que é normal ser chacota entre os colegas. Não obstante, há certas chateações comandadas por um maioral que, muitas vezes, geram um elevado grau de violência prejudicial para a vida da criança gerando um grau qualquer de conseqüência - podendo ser grave ou não. O ataque social foi atribuído pelo nome bulling e, dentre as causas, a mais alarmante são: desinteresse pelo convívio social e escolar; déficit de concentração e aprendizagem; e absentismo. Conta ainda com a baixa da resistência imunológica, auto-estima e o mais grave, a depressão e suicídio.

Até pouco tempo, o bulling era concebido como uma fase natural que todos nós temos que passar uma vez na vida. Por exemplo, os “enlatados hollywoodianos” vivem repetindo este clichê nas nossas telinhas: um 'patinho feio' virando um 'ganso' com ajuda de uma 'fada madrinha'. Ou seja, é sempre aquele que usa aparelho, cheio de acne, usando colete pra corrigir coluna vertebral, gordo, de óculos “fundo de garrafa”, todos alvo de covardia, que acabam lindos e exuberantes fazendo todos engolirem o glamour recém adquirido graças à mágica que o dinheiro e uma boa plástica pode fazer por cada um de nós.

Desculpem-me o desabafo, mas voltando ao tema, caro leitor, eu cometeria a gafe de afirmar que esta costumeira zombaria sempre foi normal na nossa cultura ocidental; E digo mais, os seres - em processo de aprendizado de como a civilização funciona - precisam passar por essa fase – ou seja, é na escola onde aprendemos que, dada a proporção, o mundo é, na verdade, verdadeiro e cruel.

Às vezes, me pergunto: o que os meus educadores estavam fazendo durante o tempo em que meus coleguinhas viviam caçoando – entre outras coisas - do fato de eu ser baixinho, gordinho e cabeçudo? Por que não passaram a idealizar que aquelas risadas, socos e pontapés que já levei foram responsáveis hoje por... Bem, a verdade foi graças ao meu tormento que me tratei, emagreci, aprendi a cuidar da minha pele... Meus queridos, hoje eu sou bem diferente do que era ontem.

Costumo dizer que sou uma reconstrução de várias demolições.

E quem, na época, foi bonitinho, perfeito e autor dos bullyings, apenas 'foram'. É certo que hoje eu me sinto bem mais preparado para receber um não de um empregador, um fora de uma possível pretendente, ..., um pontapé da vida, mas e aos que 'foram', estão preparados para o há de vir?

Suportar me faz perceber algo interessante: as minhas pernas sucumbiram a tanto peso e foram obrigadas a não crescer... Ok! Não tenho poder de culpá-las por não ajudarem na minha altura física. Mesmo porque entendi o verdadeiro valor de se crescer na moral do que na altura. Entretanto, apesar de toda esta filosofia conformativa, garanto que em todos estes anos em que tentei equilibrar todo aquele peso, foi-se a altura mas ficaram-se os músculos voluptuosos! É graças a esta natural musculação de vida pesada que escuto muito da boca alheia: POXA! QUE COXA!



TARCISIO MARCHIORI JUNIOR

Editado por Tarcizio Barbosa (tarbarbosa@hotmail.com)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A certeza do amanhã

Enquanto o dia passa, o sol colabora insubstivelmente para a propagação da vida que os seres viventes precisam. Desde a fotossíntese nas plantas até a bioquímica de outros seres que respiram, ele atua trazendo calor para catalisar as reações que nos dá vida.

E a noite, a lua reflete uma luz nos fazendo lembrar que em instantes o sol voltará a brilhar.

O cara que bolou isto é foda e nos ama!

Tarcisio Marchiori Junior

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Organização Sim Governamental

Gostaria de contar-lhe uma verdade. Ou uma mentira. Na verdade mesmo - ou mentira mesmo -, ninguém é dono da verdade. Melhor dizendo, gostaria de fazer uma contestação: quem não me garante que há muito tempo vivemos uma contraversão?

Transgrediram o nosso direito de saber que felicidade não é e nem leva-se ao êxtase. E, consequentemente, nem sempre o êxtase causa a felicidade. São apenas governos distintos dentro de uma mesma pessoa.

Muitos acontecimentos podem nos fazer sorrir. Neste seguinte paradoxo, por exemplo, o contracheque do nosso deputado federal, vulgarmente conhecido por Tiririca, nos faz rir - de raiva. Entretanto, no íntimo, queremos é cortar os pulsos quando lembramos que pagamos quatro anos e meio de faculdade para chegar num mísero piso salarial. A vontade de se suicidar aumenta quando nos lembramos que aquela emoção imensa por graduar se transforma numa sensação passageira similarmente aquele frio na barriga que sentimos quando o avião decola, e, no fim, resta no íntimo apenas a vontade de sair logo daquela lata voadora para chegar a independencia financeira e êxito profissional - andar com as próprias pernas.

O governo da felicidade está relacionada nas reações músculo-esqueléticas e o governo do êxtase está conectado ao nosso sistema nervoso, que é responsável em produzir neurotransmissores causadores das reações sentimentais. Felicidade, capa. Êxtase, intimidade. E, ambas, podem ser e estar em coisas extremamente diferentes.

Machado de Assis, imerso no realismo, tentou esmiuçar esta faceta de vida em Quincas Borbas. Podemos viver tanto tempo uma ideologia ridícula, errada, achando-nos donos da verdade. Mas, basta uma decepção amorosa que desfalecemos, enlouquecemos e morremos. Nossos ideais podem até estar equivocados e mesmo assim procuramos lutar com a nossa vida pra provar que estamos certos. Por outro lado, mas no mesmo âmbito, se a nossa roupa está fora de moda, entramos em depressão e preferimos estar alheios ao que acontece ao nosso redor tentando fugir da realidade.

Não posso dizer se Quincas fez certo ao ludibriar Rubião com a filosofia humanitista, apenas pra fazer dele o cuidador de seu cachorro - talvez no íntimo de Quincas, o que ele queria mesmo era acreditar que seu cachorro precisava cumprir sua missão na Terra, caso viesse falecer antes do bicho. Mas se Rubião comprou esta idéia, ele apenas não o fez porque teria finalmente encontrado a felicidade em viver a tal filosofia, mas sim, porque no seu íntimo, ou seja, na sua existencia, ele finalmente encontrou seu papel neste habitat redondo que fica boiando neste vácuo esquisito, onde, na verdade, ninguém sabe exatamente o porquê ele está aqui e pra quê ele ainda continua aqui.

Se um dia você pretende conquistar alguém, fisgue-o pelo seu governo interno. Tente descobrir o que a pessoa pensa da vida e passa a se interessar por isto. Mesmo que, na verdade, você tenha mais interesse pelo que a pessoa mostra ser por fora, que foi o caso de Cristiano com Rubião. Não demorou muito e Rubião achou brilho aos seus olhos quando a tal filosofia, herdada junto com o cachorro, trouxe a possibilidade de conhecer a comprometida Sofia e o salafrário de seu marido, o já dito Cristiano, que tinha o hobby de subtrair-lhe os bens. Ela usava seu charme, ludibriando-o e dando-lhe a esperança de que um dia ele irá possuí-la. Coisa que nunca aconteceu e, por causa disto, acabou enlouquecendo. Morreu encapsulado num personagem que ainda acreditava no humanitismo.

Pode até ser que pelo êxtase, buscamos a felicidade. Pois mesmo que ambos possam ser coisas completamente diferentes, é do êxtase que adquirimos energia pra atraír motivos pra movermos dezenas de músculos. Mas lembremos, é pela felicidade mal suprida, e correspondida, que podemos vir a parar de reagir à vida. Contudo, é pela falta de êxito que nos reajustamos. Se por acaso, no nosso íntimo, sentimos que tal coisa não nos pertence, então partimos pra outra. Mas se a capa, que o governo da felicidade nos forçou a usar, nos fez passar por ridículo, queremos esquecer qualquer possibilidade em dar-nos outra chance, pois apenas doido é capaz de usar maquiagem por cima de outra e, neste caso, a emenda fica pior que o soneto. Tanto que, é fácil parar de cometer bullying contra gays, quando os seres que o cometiam são verdadeiros héteros ludibriados por uma teoria preconceituosa fundada por um grupo de extermínio minimalista. Em contrapartida, as pessoas que comentem bulling para esconder sua identidade homossexual - que é a maioria dos casos - quando desmascaradas, resta apenas o suicídio social e moral.

Os nossos governantes nunca conseguirão lutar pelos ideais da sociedade. Sabe por quê?
- Primeiro, porque somos muitos e os diferentes ideais são inúmeros;
- Segundo, quem deve lutar por seu ideal é o próprio indivíduo;
- Terceiro, os ideais conseguem ser mudados sem constrangimento algum, e tentar resolver algo passivo a inconstancia é frustrante. O governo não deve ajudar a você decidir se quer ser médico ou não, por exemplo;

Hoje a maconha é proibida e a arma é vendida, e amanhã, poderá ser comprada em drogarias e recolhida e aprendida na polícia federal, consecutivamente. Porque as idéias que influenciam na intimidade, como por exemplo a legalização do aborto, é mutável. Basta esperar que na hora certa a rede Globo inventará uma novela convencendo 80% da população de que abortar seria a melhor opção e, no estalar de dedo, vários governantes - que passaram seus últimos meses investindo toda a sua fortuna em clínicas para aborto - assinarão uma resolução pra liberar tal ação. Entretanto, quando o assunto for de interesses externos, o Governo tem por obrigação, constitucional, suprir - vestir, comer, locomover, expressar, educação, saúde e segurança. E, na condição de estarmos felizes, nos tornamos reféns de achar que estão fazendo um bom serviço. Os gorvenantes só atuam nos ideais não por fazer bem à população, mas por dois motivos básicos: pra agradar a maioria e pra não vivermos uma anarquia.

É por isso que se a cada dia não lutarmos em prol de procurar definir quais são os nossos ideais, passaremos a ficar vazios, lutando por nada, mesmo que o nada não tenha nada a ver com o que somos hoje por dentro. É melhor ser um recheio-surpresa do que seres incapazes de desenvolver intimidade - mesmo que pra dar-lhe a devida atenção, ao governo interno, precisamos fazê-lo escondido.


TARCISIO MARCHIORI JUNIOR

Boa.. mesmo?

Depois de ameaçar o neném com a Kuka... é melhor dormir mesmo. hunf!

domingo, 13 de março de 2011

Crise regionalista brasileira

Um amigo paulista me disse uma certa vez: "gente boa, que seja capixaba, ou é feio ou precisa de dinheiro emprestado."

Além de não ter concordado com ele, como um capixaba esperto, passei a tratá-lo com desdem.

Nunca me senti tão lindo e rico depois disto.

Tarcisio Marchiori Junior

terça-feira, 1 de março de 2011

Meu culto Fúnebre

Um cisco. Um pedaço para completar. A agulha no palheiro. O recheio é feito daqueles confeitos de padaria que nunca compram. Aliás, a mesma coisa, porém diferente. O ‘raio’ ensurdecedor e o ‘trovão capaz de cegar. Sou assim, o contrário.

Tentaram me virar ao avesso e viram uma pessoa normal. Enjoaram do resultado e brincaram de revirar-me de volta. Quando foram juntando as peças restava uma do lado de fora. Com receio, me ligaram na voltagem 110 e continuei a funcionar – não foi “perda total”. Todavia, reagia diferente. Até hoje continuam a remontar-me, almejando conseguir tornar aquela “coisa” que fui outrora.

Uns desistiram e acostumaram como sou, outros sumiram – tornaram-se céticos e continuaram interessados nas mesmas coisas que eu não podia mais oferecer, outros... Todas as vezes que pretendiam me consertar, eu me transformava, agregava ou assumia uma personalidade diferenciada e, o pior, as peças continuavam a sobrar no final de cada remontagem.

Certa vez, procurei repor algumas peças por outras novas, colocar material nunca antes utilizado. Infelizmente mandaram uma carta desculpando-se, pois não havia representação para a finalidade procurada por mim aqui na Terra. Fui obrigado a dar boas risadas disso. Vários eram os sentimentos que se misturavam no momento da leitura da carta resposta.

Embora, só vivemos uma única vez, sem direito a drásticas reparações, só EU vivo esta vida, mais nenhum moribundo – este ache um corpo para ficar e fique longe do meu! Fiquei feliz com isso, pois odiaria a possibilidade de viver neste esquisito habitat com uma alma diferente da minha, por outro lado, fiquei triste com o desgaste desnecessário que fui submetido.

Hoje tardiamente, sei que existem técnicas para sobreviver por mais tempo, no entanto, posso viver feliz com o que sou e pronto! Diferentemente de pressa, estou ansioso para chegar o dia da partida com destino ao paraíso o qual tenho investido desde minha infância e, por falar nisso, está sendo construído por um Revolucionário que amo do fundo do meu coração. O meu investimento? Uma merreca, minha vida que é um cisco confuso, difícil, inútil, sem...

Claro que o pagamento foi simbólico! O que pagou de fato a minha passagem foi algo chato que o tal Revolucionário escolheu fazer em meu lugar.

EPITÁFIO: Viver com todas as minhas forças vãs é um ato de gratidão. Assim, penso que a vida acaba, continuarei alegre: morrer é lucro!!

Tarcísio Marchiori Jr.


Texto reeditado para publicação no Jornal O Liberal de Sergipe.
Editado pelo Tarcizio Barbosa.