segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

(E por falar em argumentos que nos “obrigam” a ter que exercitar a linguagem escrita ...)

Graças a este argumento irrefutável (da saúde mental), mensalmente ou trimestralmente, procuro ir às livrarias para caçar alguns talentos literários. Não quero chegar aos 50 anos com a mentalidade tão fraca a ponto de ter que pagar a outros para limpar a minha bunda.


Uma destas buscas não foi na livraria. Deixa-me lhes contar como foi. Nestes últimos anos, a Disney adaptou para o cinema as obras de C.S. Lewis: As Crônicas de Nárnia. Antes de lançar o primeiro filme no Brasil, já existia aquela força da mídia pra fazer as livrarias venderem os exemplares já cheios de teias nas prateleiras. Aliás, filmes adaptados de livros fizeram um boom no ramo literário. Vide Harry Potter. Enfim, nesta época eu me submeti a uma cirurgia por causa de uso excessivo dos picolés e outros produtos alimentícios, e resolvi sair de férias por conta do pós-cirúrgico. Desta vez sem picolés e outros produtos alimentícios, acabei me rendendo a ficar em casa o tempo todo jogando com meus cansativos jogos com emulador de Super Nintendo (Mário, Rei Leão e muitos outros que vem naquele CD pirata). Até antes de ficar cansativo, fiquei cansado. E por causa do tédio resolvi faze o download da série do tão comentado filme. Comecei a ficar fissurado pelo escritor e comecei admirá-lo como artista. Sabe quando você passa a ficar apaixonado pelo trabalho do escritor (entenda como artista) e passa a ler seu trabalho, mesmo não gostando disso? Sentia-me como se fosse uma criança deitada na cama e ele ao meu lado contando uma historinha pra eu ficar imaginando.



Lewis, com muita criatividade e imensa imaginação peculiar, conseguiu implantar em suas obras vários preceitos que acompanham a fé cristã de forma bastante sutil. Às vezes, por falta de curiosidade, muitos acham que o ápice da carreira dele começou e se encerrou nas obras relacionadas à Nárnia. Mas, felizmente, a história não é assim. Anos antes de ele fazer as crianças sonharem em um dia poder acariciar as jubas do Poderoso Aslam, alguns adultos riram muito do cotidiano de Vermebile, que foi um aprendiz que se atrapalhava muito nas tentativas de fazer os humanos a não irem para o céu. Fitafuso era outra personagem, um diabo-docente, da "Faculdade de Treinamento de Tentadores". Ele usava as cartas para orientar, repreender e ameaçar os aprendizes caso fizessem alguma besteira (Cartas de um diabo ao seu aprendiz).

Se você, leitor, sentiu-se sensibilizado a procurar outros “artistas no mundo literário" vai um conselho importante: Não se empolguem tanto. Acabei comprando a biografia de Lewis e é um saco pra ler!

Nenhum comentário:

Postar um comentário