segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

FITAFUSO VÁ A MERDA! (leiam estes três últimos posts pra ter nexo)

Preciso confessa-lhes algo: não gosto de ler. Aliás, não sou apaixonado pela leitura. Há pessoas que são, pois conseguem ler um livro chato, seguem até o final e ainda fazem uma dissertação sobre a moral, correlacionando com a física-quântica. Eu não tenho essa paciência. Pode até existir alguém aqui nesta lista de contatos, que normalmente mando meus textos, que já me viu contar vantagem por dizer que chego a ler de dois a três livros por ano (que não é muito) e por isto dou-lhes a falsa impressão de que gosto de ler. Não é bem assim. Acontece que existem certas coisas que adoro ter conhecimento, principalmente na área profissional que exerço, onde só é possível se eu tomar coragem e ler em algum lugar. Entre outros poucos motivos, é por isso que leio.

Lembro bem que meu primeiro contato com livros foi na infância, por volta dos meus sete anos, quando fui passar minhas primeiras “férias” na casa de minha tia. Ela era diretora de um colégio e gostava muito de investir em livros, jogos educativos e recreações para meus primos (que sempre foram inteligentíssimos). No primeiro dia acordei bem cedo e vi minha tia rabiscando uns papéis bem concentrada. Ela me sugeriu que eu pegasse algum livro da tal “Vaga-Lume”. Peguei um que tinha uma porquinha na capa e comecei a ler até que a sorveteria que ela era dona abrisse. Naquele dia tomei uns 15 picolés para compensar o gasto energético da leitura (na verdade, minha tia me recompensava: um picolé a cada 10 páginas lidas).

Graças a este envolvimento nas férias, além de ter ganhado vários kilos, conseguia cumprir com louvor as leituras que me obrigavam fazer na escola. Como já comentei, nunca fui apaixonado pela leitura, entretanto passei a ser bastante elogiado por ler aqueles livrinhos rapidamente. A professora passava uns bem inferiores semelhantes à série “Vaga-Lume”, que me rendiam muitos picolés. Sempre fui precoce na leitura. Mais tarde, na sexta série, por exemplo, quando o professor Flávio recomendava “Vaga-lume”, nas férias eu comia uns 25 picolés por dia, (...) quer dizer, minha tia conseguia sossego nas manhãs de janeiro me recomendando Sidney Sheldon e cia.



Mais tarde, até então, achava que era apaixonado pela leitura. Mas vi que era pura mentira depois que comecei a ler “Memórias Póstumas de Brás Cubas” para o vestibular. Ainda insisti tentando ler “Esaú e Jacó”, do mesmo escritor. Enxerguei que ler era uma atividade terrível, penosa e chata. Principalmente quando não tinha picolés para me incentivarem. Eu odiava ler mesmo. Há algumas leituras que eu faço uma força, como uma boa comédia, que aumenta minha criatividade e claro, me faz rir. De vez enquanto encaro um romance fantasioso, com contos de fada envolvendo figuras místicas. Apenas alguns escritores me fascinam pelo método de escrita. Gosto de alguns cronistas de jornais e Super Interessante, por exemplo, consegue transmitir os acontecimentos do mundo tecnológico com muita rapidez e dinâmica (Deus inventou as figuras). Quando cursei uma matéria chamada Tecnologia da Informação, a professora chegou a ironizar dizendo que ela é a “Capricho” do mundo científico.

Embora muitas pessoas não gostassem de ler (como eu), infelizmente, esta é a melhor ferramenta contra o Envelhecimento Cognitivo Cerebral e o Mal de Alzheimer. Digo infelizmente, pois seria mais fácil tomar uma pílula pra combater este mal do que encarar uma leitura espontaneamente. Tem gente que se depender de ter quer ler mais do que três linhas de um scrap no Orkut, já responde xingando: “Ah não, resume aí, poxa!”. Outros no MSN, em vez de escrever a oração com todas as frases no mesmo parágrafo, mandam frase por frase pra não cansar a vista do colega. Concluo que se todo mundo fosse igual a mim, haja picolés e futuro obesos para convencer o povo a se esforçar neste exercício literário que nos cansa e enfastia!

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