domingo, 1 de fevereiro de 2009

A arte da falta de vergonha.

7 anos atrás eu vi uma foto numa revista (dentro da sala de espera de algum consultório dentário). Um paparazzi havia flagrado uma personalidade (atuante da novela das sete global) se trocando num cubículo como esse (assim como estou nesta foto). É justamente nessas horas que, inocentemente, começamos a fazer coisas que jamais faríamos em público. Tirar a roupa - sem cobrar -, por exemplo.


Foi mais ou menos nesta mesma época (a da foto do paparazzi) que os "programas reais" (Realities Shows), como o "Big Brother Brasil", tiveram uma ascensão no âmbito televisivo mundial. Jim Carey e cia. até pegaram este nincho pra filmar o "Show de Truman".








Foi uma febre e tanto. Hoje existe "Show Real" de tudo:





- Babás criando verdadeiros pestinhas dos outros;


- Idiotas freando pneu de bicicleta com o escroto do saco (literalmente) e comendo cocô de peixe (sério!!);


- De garotas burras e super gostosas ensinado garotos feios e super-inteligentes a serem descolados, interessantes e os mesmos fazendo-as a serem inteligentes;


- Mecânico saindo na porrada com o filho por ele meramente discordar de algo que gostaria de colocar numa moto personalizada;


- De gente tendo que sobreviver numa selva, deserto, comendo coisas absurdas, como minhoca, escorpião e tomando água não tratada;


- Obesos perdendo peso (não tenho muito o que dizer, pra quem já foi sabe que é deprimente);

- Cozinheiros fazendo coisas deliciosas fazendo espectadores babar no outro lado da telinha;

- Com construtores destruindo um barraco caindo aos pedaços, e refazendo uma mansão no mesmo lugar em apenas 7 dias (este é o meu favorito);

- Alguns de danças;

- Uns de patinação;

- Uma no qual patricinhas fazem serviço que elas acham que é "pesado";

- Cirurgias plásticas;

- E vários que não valem a pena ser citados;

O cotidiano improvisado (é o que achamos) ficou muito divertido. Deu bastante audiência, dinheiro e fama. No Brasil deu lugar até para os artistas falidos... uma verdadeira baixaria. A alavancada que obtiveram renderam até gravação de filmes e recolocação na mídia nacional. Ótimos pornôs que valem a pena serem assistidos. Grandes maiores beatos(as), fãns da extinta "Casa dos Artistas", fizeram a aquisição pirata de exemplares: Obsessão e 11 Mulheres e Nenhum Segredo.

Tudo virara uma festa-ao-vivo, menos o Faustão, que engavetou o slogan "Quem sabe faz ao vivo".

Como sou uma pessoa que foge bastante dos padrões, me impressiono facilmente. Quase sempre acho que tem alguém me assistindo. Não estou falando da metáfora de que "Deus está em todo lugar". Falo no sentido "literal da paranóia". Há uma câmera me perseguindo e tem um público "telespectando-me" - se é que existe este verbo! Com certeza eu não faria parte deste público, sou uma pessoa muito pudica! Além do mais, não aguentaria assistir minhas "baixarias" e morreria de vergonha.


Pensando bem, seria uma parte bastante lúdica na minha vida se eu virasse uma personalidade do mundo real! Agora, por favor, me deem licensa. Se não viram na primeira foto, preciso provar um negócio aqui.

(... esperando)

Tá... tem como fechar os olhos pelo menos?

2 comentários:

  1. ei junior
    legal vc tbem ter um blog
    o meu é mais p farmacia msmo..hehe
    abraço

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  2. É difícil competirmos com isso!

    Um abraço, e valeu pela visita!

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